Em escritórios de arquitetura os tubos de papelão usados para guardar grandes rolos de papel parecem se multiplicar a uma taxa alarmante, ocupando cada canto até atingir o teto. A equipe de Boston do escritório Perkins + Will inventou uma solução simples para conter a proliferação dos tubos de papelão na forma de uma divisória que se comporta simultaneamente como barreira sonora e visual, além de servir como espaço de armazenamento. Composta por dúzias de tubos de papelão reciclados encaixados em uma estrutura de compensado de madeira, a "parede" oferece espaços para guardar desenhos, serve de proteção contra a incidência solar e constitui um elemento lúdico que se insere bem no ambiente de trabalho.
Saiba mais sobre a solução encontrada por Perkins + Will para reaproveitar os tubos de papelão.
Inspirado na imagem de troncos de madeira empilhados para lenha, os arquitetos buscaram reduzir o espaço ocupado pelos tubos de papelão e, ao mesmo tempo, preservar a estética minimalista do escritório. A parede porosa é a abstração de uma pilha de madeira, dividindo elegantemente o espaço ao passo que preserva a funcionalidade necessária dentro de um escritório de arquitetura.
A beleza dessa divisória está em sua simplicidade: suspensos por cabos de aço quase invisíveis, dois painéis de compensado de madeira são unidos por finas hastes de apoio e preenchidos por tubos de papelão. Os tubo passam de fato pelo ciclo completo, de um componente da produção arquitetônica a um elemento de design.
Na filial em Boston, o primeiro protótipo da parede de tubos divide o espaço de trabalho da cozinha, criando uma barreira sonora no espaço aberto. Existe também o potencial de uso dessas estruturas fora de escritórios de arquitetura, com oportunidades de implementação em lojas e espaços residenciais e acadêmicos, onde podem servir como dispositivos de sombreamento e elementos escultóricos.